Jodie Foster fala sobre "Um Novo Despertar"

Embora Hollywood seja o grande exportador do sonho americano, a premiada atriz Jodie Foster experimenta o terceiro fracasso como cineasta com o filme "Um Novo Despertar", e sugere que o espectador "enxergue além do entendimento convencional".
"Às vezes deveríamos entender que se alguém está feliz, não deveríamos nos importar com a maneira como conseguiu isso", declarou a atriz em entrevista à Agência Efe, ao se referir à marionete em forma de castor que redime o protagonista do longa, Mel Gibson.
"O filho de sete anos olha para seu pai, com quem mantinha há anos uma relação distante, sem se importar com a marionete. Simplesmente fica feliz com o fato de poder recuperar o relacionamento com ele", afirmou.
Jodie propõe ao espectador um jogo de imaginação, de ingenuidade e de abstração. Desta forma, a narrativa ameniza o tom de drama familiar e discute as luzes e as sombras do fracasso. Algo tão aparentemente alheio para uma ganhadora de dois Oscars que apoia abertamente Mel Gibson, seu amigo de longa data e atualmente criticado por seus escândalos pessoais.
Para a atriz, "as tragédias ajudam a nos comunicar, é o que faz com que os amigos nos deem um abraço. Simplesmente, é preciso entender que a vida é dura. A atriz e diretora explicou ainda que tentou com este filme reconciliar Gibson com o público americano, e acabou experimentando um grande fracasso de bilheteria em seu país.
No entanto, Jodie disse acreditar que, para a sociedade, nem o sucesso ou o fracasso tem a ver com a verdadeira felicidade. "De fato, o lado sofrido das pessoas é para mim o mais interessante", explicou.
"É um filme sobre a criatividade como vitalidade. Este homem esteve adormecido, deprimido e acreditava que sua única opção era morrer ou viver", explicou. "Por isso, quando Gibson usa a marionete, volta a viver, tem criatividade de novo, quer ser um artista", complementou.


O filme narra a história de um homem que entra em crise de meia idade e encontra esperança em um fantoche 
de castor que usa na mão e o trata como se o mesmo fosse real.

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