A partir daí, vale a pena desvendar os mitos e as dúvidas em torno dos fios brancos:
Qual é o motivo do nascimento dos cabelos brancos?
Cabelo branco é genético. Essa é a principal causa. Existem pessoas que têm tendência a ter mais cedo e outras mais tarde, mas todas terão. Com o passar dos anos, as células sofrem um processo chamado apoptose, que é a morte da célula que produz a melanina - pigmento que dá a cor aos pêlos e a pele. A morte desta célula, o melanócito, é programada pela genética de cada um.
O normal e o que é muito importante ressaltar é que cabelos pretos não podem, de uma hora para outra, ficarem brancos. Cabelos crescem por anos com pigmentos dentro deles, a menos que eles morram, não há processo natural que possa destruir a melanina rapidamente.
O estresse pode desencadear o processo?
Apesar de não ter ligação com o embranquecimento, alguns traumas, que geram uma queda capilar, como o eflúvio telógeno, o vitiligo capilar, ou a alopecia areata, podem fazer com que os próximos fios nasçam sem pigmentação.
Em que idade os fios brancos começam a aparecer?
Pelo menos 50% da população com mais de 50 anos de idade apresenta fios brancos no couro cabeludo, mas não existe uma faixa etária que determine o início do aparecimento da kanície (o nome científico para os cabelos brancos). É normal que os primeiros fios brancos apareçam entre 30 e 40 anos. Antes disso também pode acontece, tudo depende dos antecedentes genéticos.
A estrutura do fio branco costuma ser diferente. Por que isso acontece? Ele é um fio "doente"?
Na verdade não tem muita diferença, apenas falta melalina. Com o envelhecimento, os cabelos tendem a ficar menos hidratados. Os fios sofrem de acordo com a alteração hormonal, por isso, podem ficar mais secos e brilhar menos.
O que pode ser feito para evitá-los?
Não existe nada que possa retardar o processo de embranquecimento dos fios. Esse é um processo genético e não uma doença que possa ser tratada. Quem tem tendência a ter cabelo branco vai ter.
Qual é a melhor saída para quem odeia ter que conviver com os fios brancos? Existe alguma novidade em cosméticos?
O método eficaz é a coloração. Além de ser uma maneira simples de sumir com os fios brancos, elas contêm em suas fórmulas proteínas e nutrientes. Ou seja, além de colorir, as colorações também tratam.
O tom cinza nos cabelos é a nova moda entre as garotas famosas e modernas. Numa sociedade obcecada com a juventude eterna, o despontar dos primeiros cabelos brancos é um choque para a mulher atual. Afinal, aqueles fios grisalhos são a prova concreta de que os anos passaram. Para espanto de quem tenta esconder o avanço da idade com tintura, a moda entre as jovens modernas é pintá-los no tom das madeixas da vovó. Não por acaso, a tendência leva o nome de granny chic (algo como vovozinha chique) – um visual que inclui também roupas e sapatos. Celebridades, sempre elas, divulgam o estilo.
A cantora americana Lady Gaga, que muda a cor da cabeleira constantemente, apareceu com o cinza na última capa da revista “Vanity Fair”. Brancão mesmo, da raiz às pontas. As cantoras Pink e Kelly Osbourne, e a modelo Pixie Geldof também aderiram ao estilo. Até uma adolescente de 14 anos, a blogueira de moda Tavi Gevinson, queridinha das fashionistas, ficou totalmente grisalha. Grifes como as francesas Chanel e Dior reafirmaram a onda ao levar modelos platinadas às passarelas. No Brasil, ainda não há adeptas famosas.
Essas jovens não descolorem o cabelo para protestar contra a ditadura da juventude eterna. Mas, ao transformarem o branco em atitude fashion, ajudam a combater o preconceito contra o tom grisalho. “O branco dá dramaticidade ao visual”, diz a consultora de moda Chris Francini. “Essas famosas dão aval para quem não aguenta mais ser escrava de coloração.”
Existem alguns produtos, como shampoos e tonalizantes, que tiram o amarelado dos fios. Confira algumas dicas de produtos:
Silver Reflex Shampoo Keune - Devolve a umidade natural, nutre e fortalece os fios.
L'oréal Professionnel Série Expert Silver - suaviza a fibra e compensa as perdas de proteínas com aminoácidos derivados das proteínas do trigo.